terça-feira, maio 30, 2006

Linearidade

Linearidade


Vivo num mundo irreal, imaginário, que não existe.
A imagem que faço de mim mesmo é longe da real.
Falta propósito, sobram delírios.
Vivo em estática, sigo por inércia.
Estou em constante estado de negação, me escondendo em minha própria lama.
Tenho medo de mim mesmo, medo do que posso fazer, do que sinto, de quem sou.
Fujo da única coisa que pode me salvar.
Corro para o lado oposto.
Minha alma grita, meu corpo chora.
A fuga e a negação já não são suficientes, me perdi em minhas próprias besteiras.
Antes não saia do lugar, agora eu afundo.
Estou afogando no lago de bobagens que criei.
Já não há escapatória.
Nem a morte me agrada.
Mas a vida já acabou.

segunda-feira, maio 29, 2006

Ni

"Vida de escritor é a maior delícia. Você passa os dias de chinela e pijama, trabalhando em casa enquanto faz cafuné no cocuruto do seu gato gordo – e olha que a tal residência pode ser uma choupana na floresta, uma mansão frente à praia ou um simples apê gigante em Manhattan. Daí você faz suas pesquisas por alguns meses, atira tudo no computador, vende o original para uma boa editora e enche a burra de dinheiro. Ah, claro: esqueci de dizer que essa é a deliciosa vida de um escritor de auto-ajuda."

Simplesmente perfeito!!
http://www.garotasquedizemni.com/archives/001787.php#more

M.A.

Por favor alguém me ensine alguma maneira de parar de ouvir Mr. Brightside compulsivamente ou pelo menos me digam como encontrar um Mr. Brightsideólicos Anônimos.
O pior de tudo é que toda vez que ouço a música eu não consigo deixar de visualizar uma garota chamada Natália dançando com um vestido rosa. Detalhe pertubardor: Eu não conheço nenhuma Natália!
Mesmo assim eu a vejo de maneira totalmente clara, apesar de não ter mínima idéia de como eu sei que ela se chama Natália, eu apenas sei.
Será que a crise de abstinência de Lost já está fazendo efeito? Mas não é nem quarta-feira ainda.
Talvez eu deva pedir para o meu médico aumentar a minha medicação.
P.S.: Alguém lê esse blog?

X-Men

Quando foi anunciado que Brian Singer não iria dirigir esse último(?) X-Men e que a direção tinha ficado nas mãos de Brett Ratner os fãs se dividiram em duas categorias. A primeira achava que a franquia estava morta, o segundo que, mesmo desconfiando, deu um voto de confiança ao diretor por reconheceram sua capacidade em finalizar grandes trilogias em Dragão Vermelho.
No fim ambos os lados estavam certos. Por melhor que o filme tenha sido, e foi, por mais emocionado que ele tenha me deixado, eu nunca poderia ter previsto aquelas mortes, é impossível sair da sala de projeção sem pensar em quão melhor o filme poderia ter sido.
Se preocupando em fechar todos os arcos dramáticos iníciados no primeiro filme, ele o faz de maneira satisfatória dando ao filme uma conclusão a altura da saga, ao mesmo tempo que abre margem para uma (quase certa) sequência.
Deixando de lado a história de Wolverine e a busca da sua origem, a ser explorada em um filme solo, o roteiro se concentra em Jean Grey e seu retorno como a Fênix Negra e no desenvolvimento de uma "cura" para a mutação.
Eu fiquei decepcionado particularmente com a resolução dada a Vampira, minha mutante favorita, que é terrrivelmente sub-utilizada assim como outros mutantes que parecem ter sido colocados com o único intuito de agradar os fã mais xiitas. O Anjo, por exemplo, só serve para voar de um lado para o outro sem nenhuma adição importante a trama.


Um exelente filme, mas claramente mais curto do que deveria, com apenas 104 minutos é o menor da série, e com a sensação de que poderia ter sido uma obra prima nas mãos de um outro diretor e com um roteiro mais cuidadoso.
Quem sabe Brian Singer não volte de Metrópolis para dirigir o quarto?
P.S.: Não se esqueçam de assistir a cena após os créditos.


Nota: 9,0

sexta-feira, maio 26, 2006

Crazy Google

Que as ferramentas de busca não funcionam todo mundo já sabe, nunca você consegue achar o que procura.
Mas as vezes atinge o cúmulo, estava eu a verificar como os visitantes desse blog chegam até aqui quando eu me deparo com algo no mínimo bizzaro. Além de alguém ter conseguido chegar aqui pesquisando "os primeiros habtantes do brasil" um internauta incauto entrou no blog pesquisando "como encontrar sit pedofilo".
O pior não é nem a pesquisa em si mas o fato de o primeiro resultado indicar esse site.
Não acredita? Então click aqui.

domingo, maio 21, 2006

The Breakfast Club

Após 15 anos ignorando o filme na sessão da tarde eu finalente assisti ao Clube dos Cinco.
Realmente eu não sei porque eu nunca havia assistido, ele com certeza teria marcado minha infância tanto quanto os outros clássicos da sessão da tarde como Conta Comigo e Curtindo a Vida Adoidado.
O filme é realmente tudo aquilo que falam, marcando toda uma geração.
Simplesmente não tem o que se dizer sobre o filme, um dos melhores exemplares dos teen movies que só os anos oitenta sabiam fazer.
Nunca alguém iria imaginar que aconpanhar as nove horas que cinco adolescentes passam numa dentenção no sabado pudesse ter se transformado em tamanho sucesso, tanto que a estúdio pensando que o filme seria um fracasso mandou cortar o filme que tinha quase duas horas para os míseros 97 minutos da versão final e depois destruido os originais contendo as cenas cortadas.
Se você é uma das sete pessoas que ainda não assistiram ao filme o faça imediatamente, vai te fazer pensar em por que John Hughes não faz mais filme como nos anos oitenta.


Nota: 9,5

Placebo

Eu não sei como eu fiquei até agora sem ouvir Placebo. Finalmente eu achei algo para me fazer parar de ouvir Mr. Brightside compulsivamente, não que eu tenha realmente parado ainda.
Encontrei a banda de maneira totalmente descompromissada e apesar de já ter ouvido falar, e bem, várias vezes só agora realmente decidir dar uma chance.
Eu realmente precisava de algo novo, não aguentava mais sempre a mesma coisa, e mesmo não sendo exatamente algo novo eu nunca tinha ouvido ou pelo menos nunca reparado.
Quem sabe eu não passo a escutar Special K compulsivamente a partir de agora.


P.S.: Eu recentemente redescobri Sex Pistols, pelo menos agora minha playlist fica um pouco mais variada já que eu também decidi voltar a ouvir Green Day, mesmo com todo esse ar emo envolta.

quinta-feira, maio 18, 2006

Hoje Inexisto

Só para não acharem que eu abandonei isso aqui.

Hoje Inexisto

Dor. Dor. Simplesmente dor.
A dor me corrói, é tudo o que posso sentir no momento, nada além de dor.
Acabou, finalmente toda esperança que havia dentro de mim se foi e nada mais posso fazer.
Hoje, que parecia um dia qualquer, tornou-se, com apenas uma palavra, apenas quatro sílabas, no pior dia da minha vida. A coisa que eu mais temia que acontecesse se transformou numa cruel realidade.
Fui dilacerado, corrompido, rasgado, jogado, pedaços meus se espalham pelo chão numa mistura nojenta e podre de sangue e lágrimas. Lágrimas não, pois nem ao menos chorar eu consigo.
Não resta mais nada, nada em mim, nada a fazer, nada a pensar.
Em pensar que a poucos segundos estava feliz. Como a vida é volátil, como a felicidade é volátil, frágil. Num minuto feliz no outro em tanta dor que nem infelicidade se pode sentir.
Infeliz, isso é o que vou me tornar ao fim da dor que, por mais eterna que pareça, sempre acaba, mas também sempre deixa marcas.
Estou sendo comprimido, apertado, diminuído, impedindo-me até de escrever. Há anos estou nesse parágrafo, há anos estou em dor.
O que há mais a dizer se nem respirar é possível?
Preciso ao menos preencher esta página, uma página sequer.
Como uma dor que não cabe em mim não perfaz um mero pedaço de papel?
Estou sufocando. Sufocando.
Eu não consigo.
Eu não consigo mais.
Não mais.

quinta-feira, maio 11, 2006

Encontrando Mirtes

Hoje eu fui até a rodoviária para marcar a passagem de volta para casa no fim de semana e quando estava voltando uma velhinha, que não era tão velhinha assim, pediu ajuda para atravessar a rua já que ele tinha pavor de ruas movimentadas. Até aí tudo bem, o problema foi que ela era uma daquelas mulheres que costumam contar suas vidas inteiras para completos estranhos na fila do supermercado.
Consequentemente nos sete minutos que levaram entre atravessar a rua, ir até o ponto e esperar o ônibus eu fiquei sabendo toda a biografia da mulher. Em sete minutos eu já sabia quantos filhos ela tinha, onde eles moravam, quantos anos eles tinham e o que faziam, o exato endereço de onde ela morou em Bauru e muito mais.
O pior dessas situações não é a história em si, mas que essas mulheres sempre são verdadeiras Mirtes e com elas nenhuma lógica faz sentido e a razão não funciona.
Segue um trecho do meu dialogo com ela:

V: Você mora e estuda aqui?
Eu:
Sim, eu estudo aqui.
V: Meu filho também estuda aqui, o Jean. Você conhece ele?
Eu: Não.
O que eu goataria de ter respondido: Claro! Eu conheço cada um dos 40 mil alunos da UNICAMP!!
V: Ele tem o cabelo lourinho, assim.
Eu: Não. Não conheço.
O que eu goataria de ter respondido: Claro! Eu conheço cada um dos 6 mil alunos da UNICAMP com o cabelo lourinho assim.
V: Você vai visitar sua mãe no dia das mães?
Eu: Vou.
V: [...] Você é de que cidade?
Eu:
Bauru.
V:
Ah! Eu morei lá 19 anos, ali na Gerson França. Conhece?
Eu: Conheço.
O que eu goataria de ter respondido: Conheço. Mas só porque você teve a sorte de ter morado numa das únicas três ruas da cidade que eu efetivamente sei o nome.
V: Agente tem um amigo lá. Um japonês, o Sato, amigo de infância do Jean. Você conhece?
Eu: Não.
O que eu goataria de ter respondido: Claro!! Eu conheço cada um dos 350 mil habtantes de Bauru, ou melhor cada um do 40 mil descendentes de japonês da cidade, sendo que eu não sei nem o nome do meu visinho, que por sinal é japonês!

segunda-feira, maio 08, 2006

Estação Maldita

Eu já mencionei o quanto eu odeio o outono?
Muitas pessoas odeiam o inverno porque não gostam do frio ou o verão por odiarem o calor. Eu não tenho problemas nem com um nem com outro.
Meu problema é com o outono, nesta estação em que não faz nem calor nem frio mas também não possui temperaturas amenas, o que impera é o irritante calor durante o dia e frio durante a noite.
Essas mudanças bruscas diárias na temperatura são mais assassinas do sistema imunológica que a AIDS.
90% das pessoas que eu conheço desenvolveram a mais variada gama de doenças oportunistas desde gripes até conjuntivites.
Eu, podre como sempre, não poderia ficar de fora. Além de uma dor de cabeça insuportável e a usual rinite alérgica minha boca virou a casa da mãe Joana.
A combinação nariz entupido, respiração pela boca e vento gelado na cara fez com que minha boca ressecasse o que gerou feridas nos cantos da boca que, obviamente, estão bastante doloridas. Para ajudar apareceram duas aftas e como se não bastasse ainda fui atacado pelo vírus da herpes.
Herpes é uma doença féla dum 'égua que aparece nas horas mais fdp's, extremamente incômoda
e ainda por cima te obriga a comprar uma pomada que custa os olhos da cara mesmo tendo outra quase cheia mas que já está vencida a dois anos.


Glossário: Féla dum 'égua - fdp em interiorês.

sábado, maio 06, 2006

Fogo

Fogo

O fogo me consome, consome-me até o último pedaço de carne.
Já não sobrou nada de mim além de um amontoado de ossos inúteis, um saco velho apodrecido cheirando a carvão.
Por que não me enterram, então?
Por que ainda ando?
Já não há nada de mim que se faça serventia, me enterrem então. Só assim poderei estar em paz, pois consumido pelas chamas eu só tenho dor.
Por que ainda ando?
Chega! Não quero mais, já basta! Deixem-me deitar.
Por que não descanso?
Por que não descanso, então?
Descanse em paz, é só o que eu quero ouvir, descanse em paz, será que é muito difícil de dizer?
É, eu ainda ando.
Se ainda ando, por que não posso vê-la?
Deixem-me vê-la, seus porcos.
Deixem-me vê-la!
Não, eu não posso, nem por um minuto sequer. Nem um mísero minuto.
Consumido estou, o que posso ter eu a oferecê-la?
Só o fogo me restou, o fogo e o fogo apenas.
Agora, deixem-me queimar em paz ao menos.

Lost 2x20

Eu acabei de ver o epsódio 2x20 de Lost e só tenho duas coisas a dizer:
  1. Uau!!!!
  2. ??????!!!!!!

quinta-feira, maio 04, 2006

O Ataque do Barulho Assassino

Será que as caixas d'água das casas tem algum dispositivo só as permitem encher durante a noite?
Todo dia de madrugada se pode ouvir claramente o som da água correndo, mas durante o dia, mesmo após um banho e o uso intensivo da descarga, não é possível se ouvir som algum nem se esforçando para isso.
Será que o dia é tão mais barulhento assim que te impede de ouvir o barulho da caixa mesmo que não se possa distinguir som algum?
O que é esse ruído de fundo que te faz dobrar o volume da t.v. que você estava vendo a noite para poder ouvir o jornal na hora do almoço mas que não é possível percebe-lo de forma consciente?
Será, então, que aquela cigarra que está tentando te enlouquecer durante a madrugada na verdade canta o dia inteiro e você apenas nunca percebeu que ela, afinal, não tem nada de pessoal contra a sua pessoa?
É por isso que a queda de uma colher, que passaria despercebida durante o dia, toma proporções de um atentado a bomba?
Ou será tudo isso apenas mais uma conspiração alien?

Kaiser Chiefs

Resolvi dar um chance a Kaiser Chiefs e ver do que tanto falavam. Sinceramente , não achei nada demais.
Tem uma ou outra música que chama mais a atenção mas o resto é resto.
Não que eu não tenha gostado. Eu achei bom, mas não me empolgou.
Vai ver é porque eu ainda estou na ressaca de Mr. Brightside que, por sinal, continuo ouvindo repetidamente.

He's Back

Está no ar o mais novo o trailer de Superman Returns e só tenho uma coisaa dizer: Uau!!
Em pouco mais de dois minutos já mostra que será um dos melhores filmes do ano.
Se alguns anos atrás esse filme era visto com desconfiança hoje promete rivalizar com o original na preferência dos fãs.
Com apenas poucos segundos Kevin Spacey parece ter criado um Lex Luthor, no mínimo, memorável.
Agora é só esperar julho.