sexta-feira, julho 26, 2013

Sonho de uma noite de inverno

A maioria dos meus sonhos são interligados entre si, eles acontecem dentro de um mesmo universo e seguem uma linha do tempo. Existem múltiplos universos interdependentes, mas autônomos, entre si.
No ano passado eu tive um sonho que inaugurou um universo completamente novo (parte dele eu postei aqui): num futuro não muito distante, tropas retornam para casa depois de 20 anos de uma violenta guerra contra uma invasão alienígena e têm que aprender a viver num mundo sem economia em que as duas últimas gerações não sabem fazer nada além de lutar.
Dessa vez sonhei com a guerra em si.

Estava em um campo aberto, cinza, coberto em lama, esburacado pelo impacto de bombas. O barulho era ensurdecedor. As tropas humanas estavam concentradas em trincheiras. A superioridade aérea alienígena era completa, seus drones não só derrubavam qualquer drone ou caça humano como também impediam o avanço das tropas terrestres.
A única saída era cobrir todo o céu com baterias antiaéreas. O céu era do mesmo cinza do chão lamacento. Um mundo monocromático e opressivo.
Minha tropa era composta por umas 6 ou 7 pessoas e éramos encarregados de proteger e operar um sistema de baterias antiaéreas em uma trincheira. Uma tropa terrestre alienígena avançava sobre a trincheira imediatamente à nossa frente, cujas defesas haviam sido eliminadas por um ataque de drone.
Nós precisaríamos atravessar o campo aberto para retomar a trincheira e impedir o avanço alienígena.
Minha equipe me dava cobertura em minha corrida quase suicida. Um drone deu um rasante em minha direção e, numa combinação dos meus tiros de fuzil e da cobertura antiaérea feita por minha tropa, consegui desviá-lo no último segundo. Senti o deslocamento de ar provocado pelas balas passando próximas ao meu corpo.
Consegui retomar a trincheira e reativar as baterias antiaéreas. Tinha agora que, sozinho, impedir o avanço da tropa terrestre alienígena.
Acordei.