quarta-feira, novembro 07, 2012

O Balão Amarelo


Um parque. No parque, um balão amarelo.
Não um balão de ar quente, um balão de festa.
Um balão de festa gigante, do tamanho de um balão de ar quente.
Um balão de festa gigante amarelo flutuando no parque preso a uma longa corda.
As pessoas formavam uma fila em frente ao balão, se revezando para subir nele, presos à corda.

Eu entrei na fila.
Estava fascinado pelo balão amarelo.
Aguardava ansiosamente enquanto chegava mais perto do balão.
Eu subi no balão e ele subiu cerca de trinta metros, até ficar preso a uma árvore.
Árvores gigantes de mais de trinta metros de altura, logo atrás do balão de festa gigante amarelo.

A corda se rompeu.
Eu continuei preso ao balão amarelo.
No chão, as pessoas olhavam para cima estupefatas. 
O balão amarelo subia sem parar, eu olhando para o chão apavorado.
Logo eu estava a centenas de metros do chão, não podia mais distinguir as pessoas, o parque, nada.

A corda se rompeu.
A corda que me prendia ao balão se rompeu.
Eu caia velozmente, o chão cada vez mais perto, eu desesperado.
Sobre mim, o balão de festa gigante amarelo continuava a subir descontrolado.
Sob mim, o chão cada vez mais próximo. Logo eu novamente distinguia o parque, as pessoas no chão.

Desespero.
Um paraquedas se abre.
O que era uma queda para a morte se torna uma lenta descida.
As pessoas no chão respiram aliviadas, eu respiro aliviado e aproveito minha viagem.
Chego ao chão, tiro o paraquedas, as pessoas me felicitam, eu entro em uma casa e tomo refrigerante.

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