Eu sempre reclamei dos cinemas de Bauru e com toda a razão. Além de poucos, apenas quatro salas, eles eram uma tremenda porcaria.
O som era terrível, a imagem desfocada, as cadeiras desconfortáveis e o cheiro de mofo era onipresente.
Graças a Deus isso é passado.
Agora os cinemas são maiores, melhores, mais numerosos e, a melhor parte, não pertencem todos à mesma pessoa.
Mas nem tudo é flores.
Sim, nós temos cinco salas com som THX, salas com poltronas de couro e agora o atendimento é no mínimo educado. Só que a maior reclamação que eu tinha quanto aos cinemas daqui continua, a falta de variedade é alarmante.
São sempre os mesmo filmes em exibição em cada uma das salas.
Filmes comerciais, os famosos blockbusters, estão sempre ocupando 90% das salas cada um e os 10% restantes são ocupados pelo blockbuster anterior.
Qualquer outro filme tem chances mínimas de chegar aqui, pelo menos não sem um atraso considerável e em horários bizarros.
Mas qual é a moral da história?
Essa não é exclusividade dos cinemas daqui.
Tirando São Paulo, onde há espaço para salas especializadas, também é assim em todo lugar.
Esse post é simplesmente para agradecer ao Oscar, pois é graças a ele que daqui a pouco eu estarei saindo de casa para assistir à pré-estréia de Juno.
Nunca, em hipótese alguma um filme como esse passaria aqui, muito menos em uma pré-estréia, caso ele não tivesse sido indicado ao oscar de melhor filme.
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