terça-feira, maio 13, 2008

A Morte da Jocosa

Sono. Sono.
Não, eu não estou com sono.
É que não há coisa melhor para a criatividade do que esse maldito aí em cima.
É só eu estar prestes a dormir e sem paciência alguma de levantar e pegar um papel para coisas começarem a fluir pela minha cabeça. O pior é que eu nunca sei se são coisa dignas de serem efetivamente colocadas no papel ou só parecem assim por causa do sono.
Não dormir também é uma estratégia boa. Foi o que eu fiz quase há duas semanas.
Mas obviamente não para poder escrever, foi para poder viajar.
Sorte do vidro embaçado do ônibus que foi agraciado com belas pérolas da sabedoria sonolenta.
Eu sempre gostei de escrever em vidros embaçados, dá uma sensação gostosa.
Aliás, escrever já me dá um prazer imenso. E eu não digo algo criativo nem nada disso, apenas uma caneta na mão e um papel na frente, nem que seja apenas para rabiscar.
Mas vidros embaçados superam tudo. Já escrevi muita coisas neles.
O primeiro capítulo todo do meu livro, inclusive.
O único problema é que vidros desembaçam e você perde tudo o que escreveu. E ao contrário do que os filmes te ensinam re-embaçar o vidro não recupera o que estava escrito, pelo menos não com a nitidez necessária.
Ainda assim é sempre gratificante escrever lá, mesmo que seja perdido depois.

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