sexta-feira, agosto 11, 2006

Match Point

Eu não tenho pretensão nenhuma em me fazer de crítico de cinema. Eu não entendo nada do assunto e não tenho quase nenhum conhecimento técnico. Sou só um cinéfilo e gosto de analisar qualquer coisa que vejo em uma tela.
Por isso que eu só escrevo sobre filmes que eu goste, assim fica mais como uma recomendação do que um crítica.
O problema é que toda vez que eu vejo um filme muito bom eu evito escrever sobre ele com medo que meu texto não esteja a altura do filme.
Mas ao rever Match Point - Ponto Final eu não resisti, por mais que eu me disfarce de físico eu sou um escritor e não posso deixar um texto escapar quando eu vejo um.
Mesmo perdendo metade da experiência vendo-o na t.v. eu lembro da maneira que no cinema me senti envolvido pela trilha sonora, composta maravilhosamente por trechos de óperas.
Por mais que você odeie Woody Allen é inegável a sua qualidade como diretor e sua capacidade como contador de histórias. Vendo o filme em retrospectiva você percebe como os detalhes e as pequenas atitudes do personagem principal, Chris Wilton (Jonathan Rhys Meyers) , levam aos acontecimentos finais. Não é à-toa que esse é o primeiro filme do Woody Allen a lucrar nos E.U.A. em 19 anos.




Sempre te surpreendendo o filme que começa como um romance típico acaba se transformando num dos melhores thrillers que eu vi em muito tempo. E a maneira com que os personagens são construídos me fez, da mesma maneira que em Janela Secreta, torcer pelo "bandido" no fim.
O filme pode até parecer um pouco lento no início mas é apenas uma preparação para os acontecimento do terceiro ato. E é muito raro encontrar um filme que gaste um "tempo precioso" de projeção deixando seus personagens tridimensionais e fazendo com que seus acontecimentos sejam verossímeis.
Mesmo que você não ligue para nada disso vale a pena ver apenas pela Scarlett Johansson que está mais linda do que nunca e se estabelece como uma das melhores atrizes dessa geração.
Match Point - Ponto Final é um filme para ser visto, revisto, comprar o DVD, o HDDVD, o Blue-Ray e colar o poster na janela do quarto.




Christopher "Chris" Wilton: The man who said "I'd rather be lucky than good" saw deeply into life. People are often afraid to realize how much of an impact luck plays. There are moments in a tennis match where the ball hits the top of the net, and for a split second, remains in mid-air. With a litte luck, the ball goes over, and you win. Or maybe it doesn't, and you lose.

Nola Rice: Men always seem to wonder. They think I'd be something very special.
Christopher "Chris" Wilton: And are you?
Nola Rice: Well, no one's ever asked for their money back.





Nota: 10

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