Um parque. No parque, um balão
amarelo.
Não um balão de ar quente, um
balão de festa.
Um balão de festa gigante, do
tamanho de um balão de ar quente.
Um balão de festa gigante amarelo
flutuando no parque preso a uma longa corda.
As pessoas formavam uma fila em
frente ao balão, se revezando para subir nele, presos à corda.
Eu entrei na fila.
Estava fascinado pelo balão
amarelo.
Aguardava ansiosamente enquanto
chegava mais perto do balão.
Eu subi no balão e ele subiu
cerca de trinta metros, até ficar preso a uma árvore.
Árvores gigantes de mais de
trinta metros de altura, logo atrás do balão de festa gigante amarelo.
A corda se rompeu.
Eu continuei preso ao balão
amarelo.
No chão, as pessoas olhavam para
cima estupefatas.
O balão amarelo subia sem parar,
eu olhando para o chão apavorado.
Logo eu estava a centenas de
metros do chão, não podia mais distinguir as pessoas, o parque, nada.
A corda se rompeu.
A corda que me prendia ao balão
se rompeu.
Eu caia velozmente, o chão cada
vez mais perto, eu desesperado.
Sobre mim, o balão de festa
gigante amarelo continuava a subir descontrolado.
Sob mim, o chão cada vez mais
próximo. Logo eu novamente distinguia o parque, as pessoas no chão.
Desespero.
Um paraquedas se abre.
O que era uma queda para a morte
se torna uma lenta descida.
As pessoas no chão respiram
aliviadas, eu respiro aliviado e aproveito minha viagem.
Chego ao chão, tiro o paraquedas,
as pessoas me felicitam, eu entro em uma casa e tomo refrigerante.
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