
No ano passado eu tive um sonho que inaugurou um universo completamente novo (parte dele eu postei aqui): num futuro não muito distante, tropas retornam para casa depois de 20 anos de uma violenta guerra contra uma invasão alienígena e têm que aprender a viver num mundo sem economia em que as duas últimas gerações não sabem fazer nada além de lutar.
Dessa vez sonhei com a guerra em si.
Estava em um campo aberto, cinza, coberto em lama, esburacado pelo impacto de bombas. O barulho era ensurdecedor. As tropas humanas estavam concentradas em trincheiras. A superioridade aérea alienígena era completa, seus drones não só derrubavam qualquer drone ou caça humano como também impediam o avanço das tropas terrestres.
A única saída era cobrir todo o céu com baterias antiaéreas. O céu era do mesmo cinza do chão lamacento. Um mundo monocromático e opressivo.
Minha tropa era composta por umas 6 ou 7 pessoas e éramos encarregados de proteger e operar um sistema de baterias antiaéreas em uma trincheira. Uma tropa terrestre alienígena avançava sobre a trincheira imediatamente à nossa frente, cujas defesas haviam sido eliminadas por um ataque de drone.
Nós precisaríamos atravessar o campo aberto para retomar a trincheira e impedir o avanço alienígena.
Minha equipe me dava cobertura em minha corrida quase suicida. Um drone deu um rasante em minha direção e, numa combinação dos meus tiros de fuzil e da cobertura antiaérea feita por minha tropa, consegui desviá-lo no último segundo. Senti o deslocamento de ar provocado pelas balas passando próximas ao meu corpo.
Consegui retomar a trincheira e reativar as baterias antiaéreas. Tinha agora que, sozinho, impedir o avanço da tropa terrestre alienígena.
Acordei.